Ou o famoso chapéu-de-couro, como é conhecido no Ceará. Eu cresci comendo esse delicioso bolinho de frigideira que minha avó sempre chamou de chapéu de couro. Até onde eu sei, é uma receita muito famosa no interior do Ceará (onde minha avó nasceu) e ela sempre fazia para nós tomarmos café da tarde vendo novela. O que eu nunca tinha associado é que, na verdade, esse bolinho é a tradicional panqueca americana, aquela que é servida com mel e frutas em todos os tradicionais cafés da manhã norte-americanos. Quando eu entendi isso, foi quase como um estalo na minha mente. Afinal, eu sempre testei várias receitas complicadas com ingredientes requintados, mas, no fim das contas, a minha avó é que sabia das coisas. A receita dela é bem simples e foi o ponto de partida para eu chegar até essa versão final que apresento hoje para vocês.
Queria dizer que simplicidade e leveza foram minhas inspirações. Eu queria uma receita que fosse fácil de fazer e acessível para nós, brasileiros. Afinal, convenhamos, esse negócio de pedir buttermilk é uma coisa muito pouco prática, certo? Não se acha isso em nenhum canto no Brasil e não é tão fácil fazer em casa. Por isso, eu testei muito até chegar nas proporções exatas e achei o substituto perfeito para conservar a maciez e leveza de uma panqueca feita com os melhores ingredientes norte-americanos.
Não indico usar colher de metal para mexer a massa. Opte por colher de pau ou de plástico.
Conforme a massa for fritando, ela vai crescendo na própria frigideira. Se isso não acontecer, alguma coisa deu errado e provavelmente foi o iogurte que não reagiu com o fermento.
Como dá para perceber, o segredo está no uso de água ao invés de leite e iogurte para garantir a maciez e leveza. Eu particularmente não recomendo o uso de iogurtes muito líquidos como a maioria que vende das grandes marcas; prefiro aqueles que são mais “coalhados” e têm um aspecto mais natural e sólido.